sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Novos carros em Fortaleza


Smart fortwo visto nas ruas de Fortaleza

 

Onovo Fiat 500, cujo modelo mais barato custará R$ 62.800,00


E o novo Chevrolet Agile, o chamado anti-Fox (investida da marca contra a VW), totalmente projetado no Brasil


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Uma aventura no pé da serra

Muitos empreendem longas viagens para encontrar aventura. Bem, eu fui pra Pacatuba. Está a mais ou menos 20 km de Fortaleza, mas esconde grandes desafios, principalmente ali no chamado Conjunto Jereissati. Fomos eu e os meus colegas Márcio e Felipe passar um mês estagiando no posto de saúde do dito conjunto.

No primeiro dia logo vimos o que haveria de ser o mês de outubro para nós. Um médico e uma enfermeira que não gostavam de trabalhar denunciavam um mau início. Quiseram tratar-nos como médicos literalmente da localidade. Tínhamos até agenda com nossos nomes e pacientes especialmente desginados para nós. De acordo com o código de ética médica nós não podíamos atender ninguém sem supervisão de um médico. Após recusas de nossa parte aceitamos atender enquanto que o médico analisava nossas condutas. Menos mau!

A população muito sedenta de atenção, muito mesmo. A amoxicilina era o medicamento mais solicitado pelos doentes, mesmo que padecessem de um simples resfriado. Gastamos muito tempo para explicar-lhes que isso somente era necessário em casos especiais. Uma paciente ousou dizer que assumiria a responsabilidade de tomar o medicamento, mesmo que não precisasse, mas nós não podíamos ceder a essa pressão desnecessária pelo uso de antibióticos. Entendemos que a amoxicilina era a panaceia, o elixir da vida para aquele povo e quem o negasse era seu inimigo.

Tentamos ouvir cada paciente com seus queixumes, mesmo que para isso fosse necessário suportar o povo fora do consultório a bater na porta para que agilizássemos os atendimentos. Por muitas vezes, queríamos não tolerar a pressão dos próprios usuários, mas tentávamos sempre controlar a situação com um carão bem dado.

O saldo foi positivo. Por quê? Porque lidamos com uma situação limítrofe, com pacientes de verdade e doenças verdadeiras. Tomamos decisões sérias, supervisionados pelo médico, e hoje estamos mais seguros para trabalhar futuramente no interior. A aventura foi grande e no último dia merecemos uma recompensa: um passeio no balneário das Andreas (foto). Mas uma coisa é certa: eu ainda tenho sonhos (ou seriam pesadelos) de pacientes batendo na minha porta e gritando :"Eu quero amoxicilina!"


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Missionário Shalom no Círio Musical em Belém-PA

No dia 24 de outubro, último sábado, de 2009, o ministério Missionário Shalom realizou show dentro das festividades do Círio de Nazaré, em Belém do Pará, fazendo a 14ª noite do Círio musical, evento promovido pela Comunidade Católica Shalom.

O show realizou-se na praça em frente à Basílica de Nossa Senhora de Nazaré (foto) e contou com a participação de inúmeros jovens sedentos por música católica de qualidade.

O show foi sem igual. Mais marcante ainda foi a presença do Santíssimo sacramento. Tocamos pela primeira vez em Belém a música "Quem é esse Deus?". Pena que não sobrou tempo pra "Malas prontas", mas quem sabe para uma próxima vez...

Nós do Missionário fomos excelentemente recepcionados por todos da missão Shalom em Belém. Gostamos de tudo que nos proporcionaram. O ponto alto foi o jantar na cia paulista de pizza, no sábado à noite, após o show, onde pudemos experimentar a espetacular pizza de cupuaçu!

O próximo show será dia 30/10, no Projeto Família Shalom, em Fortaleza, nas festividades dessa casa. No dia seguinte faremos shows em Marco/CE e Morrinhos/CE.

Ate lá!


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Soluções para o trânsito de Fortaleza



É verdade, ninguém pediu minha opinião. Mas se eu fosse esperar por isso, eu não teria criado um blog... Portanto, lá vai:
Trago aqui algumas soluções simples e baratas para o trânsito caótico de Fortaleza. Quero sugestões e críticas. De repente, isso surte alguma mudança...
1. Em primeiro lugar, sugiro que a fiscalização da AMC valha de alguma coisa. Conto dez infrações por segundo quando saio dirigindo por aí. Nos EUA, se alguém jogar uma maçã (e é porque é biodegradável!) pela janela do carro será multado inavariavelmente;
2. Todos os semáforos deveriam ter sinal para pedestre. Isso estimularia o pedestre a caminhar algumas vezes ao invés de sair de carro. Hoje em dia se você fizer isso terá de enfrentar os próprios carros, correndo risco de vida;
3. Deveria ser vetado a todo transporte coletivo (ônibus, topics) o uso da faixa da esquerda, a não ser, quando isso for inevitável;
4. Os semáforos das vias principais deveriam permanecer sempre verdes a partir das 21h até as 5h do dia seguinte, deixando os das vias secundárias piscando no amarelo. Dessa forma, você corre menos risco de ser assaltado e chega mais rápido ao seu destino nesses horários;
5. Avenidas de grande porte, como a Washingon Soares, deveriam possuir limite de velocidade móvel de acordo com o dia e o horário. Assim, deveria ser de 80 km/h a partir das 14h do sábado até 5h da manhã de segunda, como também nos feriados. Não há sentido nenhum trafegar a 60 km/h nesses horários nessas vias;
6. (Esse item deve sair caro) Sugiro que as calçadas de toda a cidade fossem padronizadas. Isso ocorre em todos os lugares de primeiro mundo menos no Brasil (tudo bem, nós não somos de primeiro mundo). Com isso, você estimula o pedestre a sair do carro e universaliza o acesso aos logradouros públicos, lembremo-nos sempre dos cadeirantes!!
7. Construção de passarelas com policiamento para pedestres. Isso, pelo menos, acabaria com aquele sinal ridículo que existe debaixo do viaduto (sim, existe isso aqui em Fortaleza!) da Aguanambi;
8.  Construção de faixas exclusivas para motos (Ah! Como eu queria isso!) e para bicicletas;
9. Por favor, deem mais sugestões! Adoro este assunto!

domingo, 11 de outubro de 2009

Pra quem não tolera mais...



"Ah! Não posso! Não dá!"
"Como as pessoas são lentas! E ignorantes!"
"Não suporto esse sotaque!"
"Não aguento mais essa comida que ela faz!"
"Só ao vê-la andando dessa forma me dá um nojo..."

Quem já não se viu tecendo comentários desse tipo com qualquer pessoa que seja? Quem já não reclamou do motorista da frente que estancou e, por isso, atrasou em um segundo a partida do carro? Ou de alguém que te impede a passagem na saída de um elevador?

O que tem de mais essa minha reflexão? Por que esse questionamento agora? É porque tenho a sensação de que a humanidade perdeu uma das suas maiores virtudes: a tolerância. Já não se aceita mais o outro como ele é. Pelo contrário, passo a defender belicosamente minhas próprias ideias. Isso me parece muito grave. Uma sociedade sem tolerância, sem sensibilidade é uma sociedade que já perdeu há muito a capacidade de amar. Se amar supõe a gratuidade, a tolerância supõe o respeito mútuo. Se não tenho respeito mútuo é porque perdi a gratuidade.

Devemos repensar nossas atitudes. Tolerar sim. Amar ainda muito mais. Amar na verdade é bíblico. Proponho que exercitemos a tolerância com a intenção de no final atingirmos a capacidade de amar novamente. Tomemos pequenas decisões não baseadas no benefício próprio, mas no do outro: não reclamar do motorista que precisa de mais um segundo para partir do sinal, nem de quem te impede a passagem no corredor. A partir daí, precisaremos estar atentos ao outro, permitir que cada um possa expressar sua essência livremente para um dia podermos alcançar uma sociedade que vive no amor e na caridade.